A psoríase é uma doença de pele bastante comum, que se caracteriza por lesões avermelhadas e descamativas, normalmente em placas. Essas placas aparecem com maior frequência no couro cabeludo, cotovelos e joelhos. Mas, podem afetar também os pés, mãos, unhas e a região genital. A extensão da psoríase varia de pequenas lesões localizadas até o comprometimento de toda a pele.
Geralmente, surge antes dos 30 e após os 50 anos, mas em 15% dos casos pode aparecer ainda na infância.
Além da genética, outros fatores estão envolvidos no aparecimento e evolução da doença. Fatores psicológicos, estresse, exposição ao frio, uso de certos medicamentos e ingestão de bebida alcoólica pode piorar o quadro.
Geralmente, os sintomas da psoríase variam de pessoa para pessoa, veja alguns deles:
Existem vários tipos de psoríase e cada um deles tem uma característica diferente. Confira abaixo:
Psoríase vulgar: apresenta lesões de tamanhos variados, delimitadas e avermelhadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas que surgem no couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
Psoríase invertida: apresenta lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos;
Psoríase gutata: é determinada por pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. Geralmente, aparecem no tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril) e ocorrem com maior frequência em crianças e adultos jovens;
Psoríase eritrodérmica: apresenta lesões generalizadas em 75% do corpo ou até mais;
Psoríase ungueal: neste tipo surgem depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos;
Psoríase artropática: este tipo pode estar associada a comprometimento articular, em cerca de 8% dos casos. Surge de repente com dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nas grandes articulações como a do joelho.
Psoríase postulosa: geralmente aparecem lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo;
Psoríase palmo-plantar: as lesões deste tipo aparecem como fissuras nas palmas das mãos e solas dos pés.
Para saber se você tem psoríase é necessário que o médico faça um exame físico, analisando os aspectos da pele, unhas e couro cabeludo, e avaliar se os sintomas realmente representam psoríase.
Para chegar ao diagnóstico preciso, o profissional também deverá levar em conta o histórico familiar do paciente e solicitar uma biópsia da pele afetada para confirmar a doença.
Assim que surgirem os primeiros sintomas, o acompanhamento médico é de extrema importância, pois a doença pode evoluir rapidamente. Portanto, procure o quanto antes um dermatologista. Ele irá ajudar você no diagnóstico preciso e no tratamento adequado.
Psoríase não tem cura, mas tem tratamento. Não há como prevenir a doença, embora seja possível controlar a sua reincidência.
Casos leves e moderados (aproximadamente 80%) podem ser controlados com o uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. Para quem não tem tempo para exposições diárias ao sol, são preconizados banhos de ultravioleta A e B em clínicas especializadas e sob rigorosa orientação médica. Esses banhos não são recomendados para crianças.
Algumas pomadas à base de alcatrão já provaram sua eficácia no controle da doença, mas têm o inconveniente de sujarem a roupa do paciente, roupa de cama e de exalar cheiro forte, parecido com o da creolina. Medicamentos por via oral só são introduzidos nos casos mais graves de psoríase refratária a outros tratamentos.
A psoríase é uma doença muito comum e afeta homens e mulheres. A relação da doença com o estresse, ansiedade e outros fatores emocionais é bastante conhecida. Dentre muitos dos sintomas da doença, um dos fatores que mais pesa é o preconceito.
Por ser bastante visível na maior parte dos casos, há muitos preconceitos em relação a pessoas acometidas por essa doença. Pois, existe a crença em algumas pessoas que a psoríase é transmitida por contato. Mas isto não é verdade!
A psoríase não é contagiosa sob nenhuma forma, nem mesmo por meio de relação sexual sem proteção. Mas lembre-se que há muitas outras doenças que podem ser transmitidas por meio de relações sexuais sem proteção, portanto o uso da camisinha é sempre imprescindível.
Seguem algumas orientações que ajudará o paciente a conviver melhor com a doença que não é contagiosa e não tem cura.
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Dra. Daniela Figueiredo
Dermatologista em Belo Horizonte
CRM/MG: 32902 | RQE: 20549
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